Texto de Leonic Chaves – terapeuta quântica formada na Escola do SER
Observando meu gato com medo do ventilador de teto, um objeto estranho para ele, que foi instalado no seu lar, me fez pensar, sobre o medo. As vezes o medo chega no espaço que nos parece seguro e nos tira o chão, o que antes era tão confortável passa a ser um desconhecido, algo que não sabemos como lidar. Ficamos pequenos diante do grande monstro que está a nossa frente, ou acima da cabeça, no caso do meu gato. Fiquei diante desta cena observando, meu gato todo arrepiado, coração disparando, pois, pequei ele e senti seu coraçãozinho batendo muito, os olhos extasiados e sem coragem de ver o monstro que estava a lhe assustar.
Precisou de alguns dias para espiar o desconhecido que chegou no seu lar e foi somente aos poucos que criou coragem de enfrentar seu medo. Creio que a coragem surgiu ao ver que seus donos passavam com ele no colo no local onde o dito monstro estava instalado e com esta segurança foi aos poucos se permitindo se superar e assim encarar o desconhecido de perto. Talvez na mente dele, após o enfrentamento, tenha pensado que não era monstro, mas sim uma ideia ampliada do desconhecido, ou que podemos chamar de fantasia mental sobre algo que não lhe era familiar.
Quantos de nós criamos cenas assim em nossas realidades, quantos de nós passamos uma vida presos a situações em razão do medo do desconhecido? Quantos de nós precisamos ser carregados no colo para enfrentar os desafios que nós mesmos criamos? O que é preciso para colocar nossa potência energética em ação? Seria superar o medo? E o que é o medo? Como superar o medo?
Sobre o medo, como definir, explicar ou sustentar este entendimento? Escolho seguir o meu ponto de vista, que vem me ajudando a enfrentar o medo e assim a cada dia ele vai ficando menor, mas tão menor que já não o reconheço mais, me possibilitando dizer que ele não é mais medo e sim coragem.
A primeira coisa que fiz, foi identificar sobre o que tenho medo, uma busca que nem sempre é clara, que muitas vezes demanda vasculhar o interior e identificar o formato deste sentimento que habita nossa mente.
Uma vez conseguido identificar a origem do medo, é preciso avançar um pouco mais e ter coragem para olhar de perto o monstro, começando por perceber seu tamanho, em que circunstâncias ele se apresenta, ele é novo ou tem origem na infância? Quais as crenças que possuo sobre ele? Ou seja, tentar ao máximo compreender este monstro, pois em geral é como cena de filme, uma criação assustadora produzida pela nossa mente.
Talvez tenhamos de contar com ajuda de um profissional, de um terapeuta para desvendar as crenças limitantes que vem resultando numa produção de medos. Ao investirmos nesta descoberta, abrimos um vasto campo energético para sermos a potência que de fato somos. Muitas vezes vivemos na escassez no medo, na ansiedade porque estamos com a porta do porão interior, que podemos chamar de inconsciente, escorada com uma tranca, e a cada força do vento/ circunstâncias ela tenta se abrir e apenas algumas sombras escapam a prisão.
É preciso baixar todas as barreiras, todas limitações que nos condicionam a mediocridade se de fato queremos uma mudança radical em nós e consequentemente no mundo.